A alimentação fora do lar tem sido, cada vez mais, uma forma de entretenimento. E a qualidade da comida não é mais o único fator que influencia a escolha do cliente pelo seu restaurante, bar ,pizzaria, lanchonete, churrascaria.
Temos que tomar algumas atitudes e fazer algumas mudanças para aumentar os lucros do seu restaurante.
O cliente cada vez mais tem buscado no restaurante um serviço completo de atendimento, que faça com que o momento em que ele estiver no estabelecimento seja agradável, divertido e, claro, saboroso!
Com tantas possibilidades de escolha, é preciso ser criativo e eficiente na hora de estabelecer as suas estratégias para atrair clientes. Tornar um restaurante rentável e assim sustentável, é uma necessidade.
Nessa série que é composta por 3 vídeos, eu trago 7 Dicas Práticas para você reduzir os custos do seu restaurante e aumentar os lucros sem perder qualidade no serviço e produtos oferecidos. Dicas que implementei no meu restaurante e tive resultados extraordinários em pouco tempo.
Agora eu quero lhe trazer mais 11 Dicas Bônus para você aumentar os lucros do seu restaurante.
Essas dicas e sugestões são baseadas em estudos realizados com técnicas modernas de psicologia e comportamento humano. Veja nesse artigo o quanto essas dicas serão importantes para aumentar os lucros do seu restaurante.
1. Não utilize cifrão no seu cardápio
O símbolo monetário é uma das principais coisas que os grandes restaurantes evitam usar no cardápio. Isso porque o cifrão remete imediatamente à ideia de custo, algo que eles não querem que o cliente leve em consideração.
De acordo com uma pesquisa da Escola de Administração Hoteleira da Universidade de Cornell, os hóspedes que recebem um menu sem cifrões gastam significativamente mais do que aqueles que recebem um menu com eles.
Mesmo com valores escritos por extenso (em vez de usar os números), como “cinquenta reais”, os hóspedes gastaram menos dinheiro. Isso porque os preços desencadeiam os sentimentos negativos associados com o pagamento, logo, lembra o cliente dos custos que ele terá.
2. Não use números quebrados
Projetistas de menu sabem que os preços que terminam em 9, como R$ 9,99, tendem a significar valor, mas não qualidade. Além disso, os preços que terminam em 0,95 em vez de 0,99 são mais eficazes, porque eles parecem “mais amigáveis” para os clientes.
Contudo, a maioria dos restaurantes deixa o preço sem a notação dos centavos para deixar o menu mais “limpo” – simples e direto ao ponto. E, claro, para que o cliente não associe os valores quebrados à falta de qualidade, como dito mais acima.
3. Descreva “venda” a comida em seu cardápio
Um menu descritivo sempre anima o consumidor, afirma uma pesquisa da Universidade Cornell. Em outro resultado de um estudo da Universidade de Illinois, foi mostrado que menus com pratos explicados de maneira até levemente romântica (sabor frutado, textura delicada e suave etc.) vendem 27% a mais do que menus comuns.
Para o engenheiro de menus Greg Rapp, esse tipo de cardápio “traz o máximo da sensação ao consumidor, aumentando as chances de o cliente se sentir satisfeito após a refeição”. Outro fator que também pesa para a formulação dos menus é o uso de grandes marcas dentro dessa descrição (sobremesa feita com sorvete X, por exemplo).
Para saber mais dicas matadoras de como criar o seu cardápio, leia o meu artigo onde falo desse assunto tão importante para aumentar as vendas do seu restaurante, bar, lanchonete, pizzaria, churrascaria (Clique Aqui para ler o artigo na íntegra).
4. Associe a refeição à ideia familiar
Os clientes são especialmente atraídos para nomes de estabelecimentos familiares, como cantina da Mamma. Isso gera uma sensação de nostalgia, sobretudo nos mais velhos e, geralmente, os que gastam mais. Então, fique atento a isso e suspeite de restaurantes que aplicam técnicas de psicologia já no nome da empresa.
5. Use termos étnicos para parecer mais autêntico
De acordo com o psicólogo experimental Charles Spence, da Universidade de Oxford, um rótulo étnico ou geográfico, como um nome italiano ou francês, chama a atenção de uma pessoa para uma determinada característica em um prato e evoca a sensação sinestésica de certos sabores e texturas.
Esse recurso funciona tão bem e é tão difundido que praticamente está em todas as partes. Quase todos procuram locais com determinado tipo de culinária, como a baiana ou uma churrascaria gaúcha, que demonstra bem o quanto esse truque é poderoso.
6. Uma imagem vale mais do que mil palavras
Quando os alimentos estão descritos em negrito, listados em uma fonte colorida ou mais sofisticada ou acompanhados de fotografias com maior destaque, eles se parecem muito mais especiais do que os outros pratos. No entanto, restaurantes mais caros tendem a evitar essa estratégia porque pode fazê-los parecer bregas.
Veja o exemplo abaixo da foto que uso em meu cardápio:
7. Usar pratos mais caros para atrair a atenção para os mais baratos
Segundo Greg Rapp, um engenheiro de menus, restaurantes usam alimentos – extremamente – caros como chamarizes. “Você provavelmente não vai querer o mais caro, mas você vai encontrar algo um pouco mais barato que vai parecer mais razoável”, diz ele. Mas como eles terão maiores ganhos vendendo os pratos mais em conta? Simples. Os preços são inflados e o mais barato nem sempre possui um valor tão baixo assim.
William Poundstone, autor de “Priceless: The Myth of Fair Value – and How to Take Advantage of It” (Impagável: O Mito do Valor Justo – e como tirar proveito disso, em tradução livre), argumenta: “O principal papel de um prato de 115 dólares – a única coisa de três dígitos num menu – é fazer com que tudo que estiver mais perto pareça uma relativa pechincha”.
8. Ofereça o mesmo prato com porções diferentes
Esta estratégia é chamada de bracketing (algo como “escalonamento”). O cliente não tem ideia de quanto menor é a porção pequena, mas não importa. Ele (o cliente) assume que o tamanho menor da porção possui o preço mais atraente.
O que os fregueses não sabem é que o restaurante queria vender a parcela menor ao preço mais baixo o tempo todo, e o “preço mais baixo” é o que tinham a intenção de cobrar por ele. O estabelecimento simplesmente usou a porção maior com o preço mais elevado para gerar um ponto de comparação – com um valor inflado, é claro.
9. Análise do padrão de leitura
Os restaurantes conhecem técnicas de scanpaths, que é a análise de como os olhos das pessoas vasculham certos conteúdos, nesse caso, a direção que os olhos se movimentam pelo menu.
De acordo com um estudo coreano, um terço dos participantes é propenso a aceitar a sugestão do primeiro item para o qual a sua atenção é direcionada. Como resultado, os restaurantes vão colocar os itens mais rentáveis ?? No canto superior direito, porque é onde os olhos das pessoas focam primeiro.
Esta estratégia baseia-se num princípio cognitivo humano, descrito na psicologia, que observou que as pessoas se lembram melhor dos itens no início de uma lista. Outro uso para isso é posicionar pratos caros nesses pontos (veja item 7), direcionando o cliente a buscar outras opções, visto que o preço mais alto inicial será mais fácil de ser lembrado e comparado aos demais, fazendo os preços “menores” parecerem razoáveis.
Restaurantes colocam mais foco em seus principais pratos. De acordo com o centro de pesquisas de Cornell, em um estudo conduzido sobre os movimentos dos olhos em cardápios de restaurantes, a maioria dos clientes leem um cardápio como o fazem com um livro, porém, mantendo mais vívida na memória os primeiros itens.
10. Limite as escolhas dos clientes
Os restaurantes procuram não oferecer muitas opções por página no menu para remover a responsabilidade que as pessoas sentem quando escolhem o que comer. É muito mais eficaz para os restaurantes limitarem a sua seleção. Aparentemente, o número ideal de itens de menu é de seis itens por categoria em restaurantes fast-food e de sete a 10 itens por categoria em restaurantes caros.
11. Manipule o humor do cliente
De acordo com uma pesquisa do centro de psicologia da Universidade de Leicester, tocar música clássica em restaurantes incentiva os clientes a gastarem mais, porque faz com que se sintam mais ricos. Enquanto isso, a – menos sofisticada – música pop levou as pessoas a gastarem 10% a menos em suas refeições.
Fonte: Business Insider